de 23 a 28 de julho de 2013
“A Jornada Mundial da Juventude em Madrid renovou nos
jovens o chamado a serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a
esperança que nasce da fé. Sede generosos ao dar um testemunho de vida cristã,
especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Janeiro”.
Essa convocação foi feita pelo Papa Bento XVI no anúncio
do lema da Jornada Mundial da Juventude Rio2013: “Ide e fazei discípulos entre
todas as nações” (Mt 28, 19), durante a audiência geral no dia 24 de agosto.
Na ocasião a catequese foi dedicada a JMJ 2011, que havia
terminado no dia 21 do mesmo mês. Bento XVI recordou com carinho a participação
e a alegria dos cerca de dois milhões de jovens em Madrid, ao que ele chamou de
“uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de
partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz.”
Por isso é tão importante que os jovens do Brasil e do
mundo assumam desde agora esse chamado à missão e participem da Jornada como
testemunhas vivas do Cristo.
Para o padre Geraldo Dondici Vieira, diretor do
Departamento de Teologia da PUC-Rio, esse é um lema para ser guardado no
coração, refletido e meditado. “Esse tema, de fazer discípulos, de chamar
outros discípulos para a comunhão e o convívio com o Senhor, é o tema mais
querido do Evangelho de Mateus. Esse mandato, essa missão já está anunciada em
todo o Evangelho. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem
convive com o Senhor”, afirmou o sacerdote.
Padre Dondici ressalta que esse testemunho e o próprio
anúncio do Cristo, são grandes desafios pra juventude, que vive em um mundo
plural, com milhares de informações, seja através das escolas, lazer, internet,
especialmente no contato com as redes sociais, como o facebook, twitter: “Com
essas mil participações, ele, jovem discípulo, é chamado a plantar no coração
de quem ele encontrar, com quem ele se comunicar, o desejo de ser discípulo de
Jesus”.
“O que ganha o discípulo de Jesus? Ganha a pertença ao
reino, ganha a certeza do amor de Deus, ganha a certeza de ser para os outros
sinal de misericórdia e de amor. Ganha o levar e doar a paz do Senhor. São
esses frutos e dons que o mundo muito precisa. O perdão, a misericórdia, a paz
é que irão diminuir na sociedade, no mundo de hoje, a violência, a guerra, a
corrupção, a maldade, tudo aquilo que tira a possibilidade do jovem crescer e
colocar toda a sua riqueza e vitalidade a serviço da humanidade”, afirmou.”
No mandato final do texto de Mateus – “Ide e fazei
discípulos entre todas as nações” –, explicou o padre, está um grande sonho
antropológico de todos, de que o contato com o Senhor, a amizade com Ele,
desperte o que cada um tem de melhor em si mesmo.
“Vivemos em um mundo onde há muitos desperdícios, perdas
humanas, por falta de chance. O convívio com o Senhor desperta o que temos de
melhor. O anúncio ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ é um anúncio
para a vida toda. Em nenhum momento podemos fazer um intervalo dele, porque ele
supõe que aquele que é amigo do Senhor, pela sua vida, pelo seu estar no mundo,
comunique aos outros a luz, a beleza e a alegria de ser discípulo do Senhor.
Essa é a missão que a nossa Igreja precisa.
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