Nicole Melhado
Da Redação
O Youcat foi apresentado no
Vaticano no dia 13 de abril de 2011 e na JMJ de Madri foi levado aos jovens.
Quem é Deus? No que acreditar?
As Sagradas Escrituras são verdadeiras? O que significa ser cristão? É possível
acreditar na Igreja? Estas são algumas questões, entre muitas sobre a fé e a
Igreja, que alguns acreditam não interessar aos jovens. Mas o Papa Bento XVI
não concorda com essas pessoas.
“Eu estou certo do que digo: os jovens de hoje não são tão superficiais
como se diz deles. Eles querem saber realmente o que é a vida”, enfatiza o
Santo Padre no prefácio do Youcat, a versão jovem do Catecismo da Igreja
Católica.
Nas Jornadas Mundiais da
Juventude em Roma, Toronto, Colônia e Sidney, Bento XVI viu que os jovens desejam
crer, procuram Deus, amam Cristo e querem um caminho de comunhão. E foi neste
contexto que surgiu a ideia de “traduzir” o Catecismo da Igreja
Católica (CIC) para a linguagem jovem. Esta tarefa foi encarregada ao
Arcebispo de Viena, Dom Christoph Schonborn.
O Arcebispo de Viena chamou
então um grupo de teólogos, religiosos e leigos, adultos e jovens para elaborar
o Youcat. A teóloga Michaela Herman fez parte deste grupo e conta que ele foi
um verdadeiro trabalho em equipe.
"Dividimo-nos em grupos menores de trabalho, sempre mistos, com
especialistas e jovens. Foram meses de trabalho", explica.
Assim como o CIC, o Youcat é
dividido em quatro partes: "Em que
cremos", "Como
celebramos os mistérios cristãos", "A vida em Cristo" e "Como devemos orar".
Michaela conta que o Papa
Bento XVI revisou cada página deste conteúdo e ficou feliz com o resultado. Uma
das coisas que mais agradou o Papa foi a animação em quadrinhos no fim das
páginas; ao serem passadas rapidamente é possível ver o personagem se
movendo.
"O Papa adora histórias em quadrinhos e piadas. Contávamos para ele
coisas engraçadas que haviam acontecido conosco e ele ria muito. Ele é uma
pessoa muito simples e sempre se fez próximo a nós", conta Michaela.
Todo o conteúdo e cada detalhe
deste livro como as citações, pensamentos e fotos foram pensados para agradar
aos olhos e atrair os jovens.
"Tudo é muito legal! As citações são muito boas, porque são como as
músicas que inspiram a gente a colocar em prática aquilo que lemos",
destaca o jovem Afonso Nogueira Cruz, 15 anos, de Aparecida (SP). Afonso conta que começou a estudar o Youcat sozinho e se ateve mais na primeira parte, "Em que Cremos", porque sentia que, sendo de uma família católica, fazia muitas coisas por tradição sem entender o real significado.
No silêncio do quarto, em
grupos de estudos, com o(a) namorado(a) e nas redes sociais, o Santo Padre
reforça que o Youcat pode ser estudado de várias maneiras.
O jovem cineasta João Braga,
25 anos, de Brasília (DF), também começou a estudar o Youcat sozinho e depois
se juntou a um grupo do Movimento dos Focolares.
"É muito bom estudá-lo em grupo porque muitas coisas na teoria são
bonitas, mas na prática são realmente difíceis de entender, aceitar ou viver.
Assim, quando se está em um grupo, abre-se espaço para o diálogo e para debates
sobre os assuntos", salienta João.
Para João, o fato do livro ter
sido editado no formato de perguntas e respostas também facilita muito porque
são precisamente perguntas que os jovens fazem. "Desde a carta inicial do Papa até o fim é muito bom. O livro é bem
autoexplicativo, cheio de referências e curiosidades", reforça o jovem
cineasta.
Assim, em movimentos,
comunidades e paróquias, grupos de estudo do Youcat têm se formado. Na
Paróquia São Sebastião, em Porto Seguro (BA), por exemplo, Jerônimo Lauricio
reuniu um grupo de 50 jovens que estudam esse material uma vez por semana.
“O Youcat é como que um instrumento que fertiliza no coração de cada
jovem o desejo de conhecer a sua Igreja, os seus ensinamentos, a verdade sobre
si mesmo. Todo jovem católico, que conhece e faz uma experiência com o Youcat
tem sua sede de questionamentos apaziguada, pois sendo um caminho seguro,
encontra o Cristo, e O tendo encontrado deseja que outros também O encontrem!”,
ressalta Jerônimo.
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